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Locus para PESQUISA e ESTUDO de projetos para a CiDAde

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Para QUem GoSTa de CINeMa

Para os cinéfilos e os nem tanto, o imaginário urbano através de seus símbolos e representações é sempre matéria-prima para o cinema.
A cidade cenográfica imaginária criada no cimena é analisada em alguns artigos. Vale a pena conferir estes:
Cinemacidades 
Anotem as dicas e comprem pipoca!

MorTE e ViDA de GRandES CiDaDes AmeriCAnAs

A arquiteta e Prof. da FAU-USP, Regina Prosperi Meyer, fez uma resenha sobre o livro de Jane Jacobs " Morte e Vida de Grandes Cidades Americanas", uma leitura clássica de urbanismo, vejam um trecho desta resenha:

Pensando a urbanidade
Com imenso atraso mas num momento crucial, quarenta anos depois de seu lançamento nos Estados Unidos o livro de Jane Jacobs Morte e Vida de Grandes Cidades ("Life and Death of Great American Cities") chega ao Brasil mas num momento crucial. Tanto pelas teses que apresenta quanto por nos induzir a um cotejamento entre os problemas urbanos americanos no início dos anos 60 e a atual situação das exauridas cidades brasileiras, o livro possui ainda uma grande força. Já na primeira linha a autora adverte que estaremos diante de um ataque aos fundamentos do planejamento urbano e da reurbanização vigentes nos Estados Unidos a partir da década de 30. Sua investida, que na primeira parte do texto possui a contundência de um manifesto e na segunda a força de um verdadeiro estudo, centra-se em questões que denominamos genericamente de urbanidade. É com esse conceito, difícil mas essencial para a abordagem do mundo urbano contemporâneo, que Jane Jacobs trabalha. Sem lançar mão de uma definição linear de urbanidade, ela percorre os atributos considerados indispensáveis a sua plena manifestação e existência.
Quer ler a resenha completa? passe por lá!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Resenha [As cidades invisíveis, de Ítalo Calvino]

Rodrigo Volponi fez uma resenha bem interessante sobre o Livro "As cidades Invisíveis" de Ítalo Calvino em seu blog CADERNO DE ANOTAÇÕES. Veja a transcrição:

Uma viagem por cidades imaginárias. Uma coleção de poesias em prosa. Um diálogo fantástico entre dois grandes nomes da Idade Média. Calvino consegue fazer de tudo isso (ou por tudo isso) um livro sutil e instigante.
O argumento é bárbaro: o comerciante genovês Marco Polo encontra-se com o imperador mongol Kublai Khan, neto do grande Gengis, na capital do império, durante o século XIII. O imperador não pode sair da capital e, para satisfazer sua curiosidade, Marco Polo descreve a ele as cidades e os lugares por onde passou.
Narrações curtas, poéticas, carregadas de imaginação. E com um detalhe, todas com nomes de mulher. O livro descreve 50 delas, divididas em vários tipos: as cidades e a memória, as cidades delgadas, as cidades e as trocas, as cidades e os mortos, as cidades e o céu.
Entre essas descrições, aparecem os diálogos entre o genovês e o mongol. E estes diálogos são chaves para discussões literárias e filosóficas sobre o que é narrado e o que é apreendido; sobre a cidade para seus habitantes e para o visitante; sobre o tempo e as cidades; sobre imaginação e realidade; e muito mais.
Mas as grandes pérolas são as cidades. Calvino consegue criar descrições de cidades fantásticas, que nos colocam sempre a pensar e a imaginar nossa relação com os ambientes ao redor. Cidades que são espelhadas, metrópoles inconscientes de sua história, povoados formados apenas por tubos hidráulicos. Em cada uma, uma sugestão. Em cada uma, uma imagem. Em cada uma, uma poesia.
Calvino consegue deixar claro que, mesmo invisíveis, essas cidades coexistem na história, na memória e, principalmente, na imaginação de cada um.

[CiDAdes INvisíveis]



No livro Cidades Invisíveis, do escritor italiano Ítalo Calvino, encontramos relatos de várias cidades imaginadas pelo autor que permitem que o leitor crie sua própria cidade. “Se meu livro 'As cidades invisíveis' continua sendo para mim aquele em que penso haver dito mais coisas, será talvez porque tenha conseguido concentrar em um único símbolo todas as minhas reflexões, experiências e conjecturas” (Calvino. 1990). O autor relata elementos que são ao mesmo tempo descritivos e imaginativos, permitindo uma criação pessoal e coletiva. A cidade ultrapassa seu conceito geográfico para se constituir em um elemento articulador das experiências e sentimentos humanos, em um processo contínuo de transformação.